estrela #44

amanhã. amanhã não será o dia mágico em que tudo vai mudar só porque sim. na vida não há teclas 'delete' ou 'backspace'. o que se faz, está feito. pode ou não ser esquecido, mas está feito.

lá está ela de novo sentada entre a areia e as estrelas. consegue recordar aquele quadro de um passado|futuro semi-distante. perto demais para ser esquecido, longe demais para ser vivido.
houve dias em que soubera estar ali olhando nos olhos de alguém e ver neles todo o céu reflectido. sentindo-se dona de tudo. do mar, das estrelas, da praia, do destino, do amor, do futuro.
agora não.
agora está sozinha com a sua música. essa eterna apaixonada que nunca a abandona e a faz voar. boa ou má, bem disposta ou mal disposta, esse refúgio que nunca a deixa. e por momentos sente-se novamente dona do mundo. pode virá-lo ao contrário se quiser. mas mesmo que ela o faça, as coisas não irão mudar amanhã. o amanha será como hoje, a menos que ela se decida e não volte novamente atrás.
há essas pessoas, que detêm a capacidade de nos encantar feiticeiramente, inexplicavelmente. e então, é como se todo o resto do mundo desaparece e só ficássemos nós. nas tuas palavras, no teu olhar, no teu sorriso... há momentos em que tens mil estrelas a brilhar. e reflectimos em mim o teu sorriso. páras-me tanto! e matas-me por desapareceres.

a falta que me fazes.

estrela #43

hoje não consigo encontrar uma música que me satisfaça. estou sentada no chão. tenho a cama toda para mim, tenho as cadeiras... mas o chão parece-me mesmo a melhor opção. o sol bate ao de leve... apetece-me ir à praia. apetece-me nadar. apetece-me correr. qualquer coisa menos estar parada.
não sei explicar a sensação. é como se tudo fugisse de mim. não sei. é como se tivesse tudo aqui, mas ao menos tempo não tenho nada.

tenho vontade de fazer eu o meu caminho.